O envelhecimento é um processo gradual, universal e irreversível que provoca uma perda funcional progressiva no organismo. Esse processo é caracterizado por diversas alterações orgânicas como a redução do equilíbrio e da mobilidade, das capacidades fisiológicas (respiratória e circulatória) e modificações psicológicas (maior vulnerabilidade à depressão).
Essas alterações orgânicas afetam a capacidade do indivíduo quanto a atividades básicas de vida diária, que envolvem o autocuidado como alimentar-se, banhar-se, vestir-se, arrumar-se, e a atividades instrumentais de vida diária, que indicam a capacidade do indivíduo de levar uma vida independente dentro da comunidade onde vive e inclui a capacidade para preparar refeições, realizar compras, utilizar transporte, cuidar da casa, utilizar telefone, administrar as próprias finanças, tomar seus medicamentos.
Nesse contexto, o treinamento de força em idosos entra como uma ótima ferramenta para remediar algum quadro de incapacidade funcional. Estudos mostram efeitos positivos na independência funcional e na qualidade de vida dessa população associados a esse tipo de treino por conta de diversos benefícios:
- a) Aumento da força muscular;
- b) Pequeno aumento da potência muscular;
- c) Aumento das fibras musculares;
- d) Pequeno aumento da área de secreção transversal;
- e) Diminuição dos níveis de dor;
- f) Diminuição de gordura intra-abdominal;
- g) Melhoria dos fatores neurais;
- h) Diminuição da porcentagem de gordura;
- i) Diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares;
- j) Diminuição dos riscos de desenvolvimento de diabetes;
- k) Diminuição de lesões causadas por quedas;
- l) Aumento da capacidade funcional;
- m) Melhoria da postura geral;
- n) Aumento da motivação e melhoria da autoimagem;
- o) Aumento da agilidade, da flexibilidade e da resistência;
- p) Melhora na velocidade de andar, no equilíbrio e na ingestão alimentar;
- q) Diminuição da depressão;
- r) Melhora dos reflexos;
- s) Manutenção da densidade óssea, prevenindo a osteoporose e suas consequências degenerativas.
Não se pode esquecer, claro, que para aplicar um treino de força em indivíduos idosos é necessário levar em conta as alterações fisiológicas associadas à idade para minimizar os riscos desse tipo de trabalho.
Porém, com todas essas variáveis sob controle, não há dúvidas que os benefícios são inúmeros e que a qualidade de vida dos idosos só tem a melhorar ao praticarem treino de força.
Professor Augusto Neves de Carvalho, Coordenador Técnico da Musculação da Oxigênio